segunda-feira, 9 de maio de 2022

Atividade 2/ Grupo 5- Pesquisar e postar sobre a fama das fotonovelas e das cantoras de rádio nas revistas da época. Elas eram as rainhas do rádio e as rainhas das revistas. Enfoque também nas propagandas que essas “beldades” protagonizaram em formato testemunhal ou não sobre produtos de beleza e higiene. Sempre ilustrando e dando exemplos nacionais e regionais quando houver.

 Gabriela Veloso e Manuela Haick 

Compreendendo que os anúncios não eram simples produtos, mas que buscavam vender sonhos, projetos de ascensão social, padrões de felicidade e beleza, o ideal da boa vida, é que é possível perceber o uso constante de expressões como “seja feliz”, “fique de bem”, “seja bonita”, na conquista desses anseios. Não por acaso, seus profissionais se proclamaram missionários da modernidade. Nesse processo, as mulheres foram constantemente interpeladas e retratadas pelos meios de comunicação em publicações, anúncios publicitários, fotos e filmes, tornando-se alvo de um discurso normativo que, insistindo no que elas deveriam ser, construiu uma imagem que contribuía para a naturalização dos estereótipos. 



A publicidade se transformou em espaços próprios para expor os produtos que se associam ao saber científico para o gesto de embelezamento, o “fazer”, sendo o modo de linguagem para falar e civilizar as mudanças no corpo feminino, como “aprovado pela junta higiênica”, “segundo estudos científicos”. São modificações que a mulher deveria aceitar para “saber” ocupar diferentes espaços, como roupas para sair, usar em casa; mas ao mesmo tempo coaduna com a vida religiosa.

Tolerância da igreja católica em cima de alguns produtos e as formas que os mesmos eram divulgados. 

Os agentes propagandistas divulgaram o produto, usando a figura do desenho de uma mulher de perfil, numa imagem de descontração e, ao mesmo tempo, contida, com ar aristocrático, condizente com a mensagem escrita na embalagem. Representando um certo comportamento desejado de recato e serenidade.  



As moças passam a identificar o cigarro como um componente inseparável da imagem da mulher moderna, associada à imagem das atrizes do cinema, o cigarro também era um divisor de ambientes os quais mulheres iam ou não. 

Nessa prática publicitária, o corpo feminino torna-se fragmentado, para a manutenção de uma identidade juvenil XV. O ato de separar o corpo, em partes a serem tratadas diferentemente, visa torná-lo mais belo, funcional e “civilizado”. O cuidado com o corpo e sua conseqüente divisão atendia ao mundo de produtos para saúde e embelezamento, como o Capilar tônico XVI recomendado para os cabelos femininos: 


Os reinados começaram no final da década de 30 e se mantiveram até os anos 60. Linda e Dircinha Batista, Marlene, Dalva de Oliveira, Emilinha Borba e Ângela Maria, mulheres que reinaram no coração dos brasileiros. 

Mais do que vozes do rádio elas foram mulheres que marcaram época como revolucionárias quando a mulher ainda tinha poucos direitos e a arte era vista com preconceito pela sociedade. 

A primeira a obter o título do concurso foi Linda Batista, que foi coroada em 38, a bordo do Iate Laranjeiras, que ficou ancorado na Esplanada do Castelo, coração do centro do Rio de Janeiro, pouco antes do carnaval. 

Linda reinou não somente nas rádios, mas também nos Cassinos, chegou até a ser a principal crooner do Cassino da Urca, após a partida de Carmen Miranda para o exterior. 

Sempre procurava retribuir o carinho dos fãs, respondia as cartas e se mostrava sempre carinhosa com todos, era um exemplo de mulher. 

Para que os pais não soubessem que ela estava participando, copiava os traços de interpretação de Dalva de Oliveira e acabava ganhando todos os concursos dos quais participava.



 (Dircinha Batista) 



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