A primeira propaganda do Brasil, aponta para a carta descrita pelo capitão-mor Pero Vaz de Caminha, na qual relatava ao rei de Portugal Dom Manuel as maravilhas e encantos da nova descoberta: "Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d’agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem (...)". Após essa ação publicitária sobre o exuberante produto, a Ilha de Santa Cruz, a publicidade no Brasil permaneceu ainda por 300 anos quase que exclusivamente de forma oral.
A publicidade tal qual a conhecemos atualmente surgiu no Brasil em meados de 1800. Foi somente a partir de 1807, com a transferência da corte portuguesa ao Brasil e, um ano depois, com a criação da Imprensa Régia, que surgiu de fato o primeiro jornal oficial do país: a Gazeta do Rio de Janeiro. (Em 1806, Hipólito da Costa já havia criado em Londres o primeiro jornal não-oficial brasileiro). Em 1860 começaram a aparecer os primeiros painéis de rua, bulas de remédio e panfletos de propaganda. Quinze anos depois, em 1875, surgiram as primeiras peças ilustradas em litogravura.
Anúncio da Loção Phenomeno na Revista Anauê, de 1917
Anúncio de Mitigal na Revista Anauê, de 1917Com a consolidação do rádio como veículo de comunicação de massa a publicidade redescobriu-se: anúncios que até então eram somente impressos, agora ganhavam vida com a possibilidade do uso de sons, vozes e jingles. Esse foi o tempo da consolidação de alguns slogans, como: “É mais fácil um burro voar que a Esquina da Sorte Falhar” e “Com guarda-chuva Ferretti, pode chover canivete”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário